Capitania
do Maranhão
Portugal emerge no
século XV como Estado absolutista, soberano, com fronteiras definidas e
reconhecidas, uma burocracia, uma classe dominante rica e ávida por lucros.
Estava integrado às mudanças que ocorriam na Europa desde o século XIII, que
matavam aos poucos o sistema feudal.
As condições
geográficas, políticas, imposições comerciais e o desejo de expansão da fé
católica, levaram os portugueses a aventurar-se pelo Atlântico. Começaram seu
império pelo norte e costa ocidental da África. Em 1492, Cristóvão Colombo, um
genovês, a serviço do rei de Espanha, aportou em terras que hoje é o Haiti.
A descoberta de Colombo
gerou disputas entre Espanha e Portugal. Para resolver a questão o papa
Alexandre VI, um espanhol, em 1493, fixou um meridiano imaginário a cem léguas
das ilhas de Cabo Verde, determinando que as terras a oeste pertenceriam ao
trono espanhol e a leste a Portugal. Este tratado foi chamado de Bula Intercoetera. Portugal vendo seus
interesses prejudicados, interviu e ratificaram o decreto papal que aumentava a
distância da linha demarcatória para trezentos e setenta léguas (1.770 Km) para
oeste. O novo acordo foi chamado de tratado de Tordesilhas, entrou em vigor em
1494 e cedia o litoral brasileiro aos portugueses.
Pouco depois, em 1500,
Pedro Alvares Cabral aportava o litoral, conseguido pelo Tratado de
Tordesilhas, apossando dos territórios para a coroa portuguesa. Embora existam
alguns historiadores que atribuem a Duarte Pacheco, como o primeiro português a
aportar nas novas terras, Cabral logrou o mérito de conquistador. Consumada a
descoberta durante trinta anos a coroa portuguesa não interviu na colônia.
1
– Capitanias hereditárias
Os reis de Portugal e
de Espanha sabiam da existência de terras ultramar, puseram-se à prática de
planos para apossar destes quinhões.
A estratégia de
Portugal após 1530 consolidou-se através do sistema de capitanias hereditárias.
As terras “descobertas”, por Portugal, foram divididas em enormes quinhões
partindo-se do litoral até a linha do tratado de Tordesilhas. Martim Afonso de
Sou foi incumbido da divisão. As terras seriam entregues aos nobres íntimos ao
rei. Os donatários, como eram chamados os escolhidos, tinham como obrigação:
tomar posse das terras; criar fortificações para evitar as ações de corsários e
de outros Estados e desenvolver a região. Em troca poderiam explorar as
riquezas minerais e vegetais e legar as terras aos seus descendentes.
Os desafios, no
entanto, mostraram-se enormes. O custo desta empresa impraticável. A ajuda real
insuficiente. Estes fatores foram causas do fracasso do sistema. Apenas as
capitanias de Pernambuco e São Vicente lograram êxito.
2
– A saga do Maranhão
Fonte:
http://www.estudopratico.com.br/sistema-de-capitanias-hereditarias-do-brasil/
|
De acordo com o site Wikipédia, a capitania do
Maranhão, um dos quinzes quinhões do território que coube a Portugal, tinha
cerca de sete léguas (358,784KM) de costa, estendendo-se do Cabo de Todos os
Santos até a foz do Rio da Cruz. Compreendia o nordeste do atual estado do
Maranhão, pequena parte do Pará – onde hoje ergue-se Belém – e, extremo leste
da Ilha de Marajó. A capitania do Maranhão foi subdividida em duas partes. Uma
das partes coube a Fernando Álvares de Andrade em 1535, entre o Rio Gurupi
(PA/MA) a Parnaíba (PI). A faixa de terra entre o leste da Ilha de Marajó e a
foz do rio Gurupi coube a João de Barros e Aires da cunha. (site História
brasileira)
Os donatários
enfrentaram constantes conflitos com os indígenas. A falta de apoio financeiro
da coroa portuguesa era um dificultador. Para debelar os problemas com os
índios, João de Barros, Aires da Cunha e Fernando Alvares de Andrade
organizaram uma expedição que compunha-se de dez navios e novecentos
tripulantes para povoamento. Não lograram êxito e fundaram apenas uma povoação
chamada Nazaré.
Os constantes
investidos dos franceses – que não aceitavam as regras do Tratado de
Tordesilhas – e posteriormente dos holandeses. No século XVII, a região do
Maranhão foi tomada pelos franceses que chegaram a fundar a povoação de São
Luiz, em homenagem ao rei Luiz XII, na França equinocial, como chamavam as
terras do Brasil. Anos depois, comandados por Jerônimo de Albuquerque, os
portugueses que viviam neste termo, tomaram as terras aos franceses. O
movimento em prol da expulsão dos franceses é de grande importância histórica,
considerando questões subjetivas do imaginário da época, observa-se o
surgimento de um primeiro ideal nacionalista, um sentimento de pertencimento e
identidade nacional.
_________________________
Referências
bibliográficas
Lopez,
Luiz Roberto. III. A CONQUISTA. In.: História da América Latina, 4ª ed. Porto
Alegre: Mercado Aberto, 1998.
http://www.historiabrasileira.com/brasil-colonia/capitania-do-maranhao/,
Capitania do Maranhão, Alessandra
Alexandrina da Silva, disponível em: 14.06.2013 00:31h.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitania_do_Maranh%C3%A3o,
Capitania do Maranhão, disponível em:
14.06.2013 00:31h.
http://www.brazilsite.com.br/brasil/estados/maranhao.htm,
Maranhão, disponível em: 14.06.2013
00h31minh.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradeço pelo seu comentário.