Joandre Oliveira Melo
Recentemente uma grande amiga apresentou-me a obra de um grande escritor francês: Marcel Proust. Confesso que, nas primeiras páginas - obra que discutirei um pouco mais adiante - senti-me entediado, quase pensei que não terminaria a leitura. No entanto, após o primeiro capítulo fui sendo envolvido pela forma como o autor, detalhadamente, analisava o caráter de cada personagem, o sentimento despertado a cada situação - de um visão de uma torre em riste que reluzia os últimos raios de sol de uma tarde de verão ao prazer com os afagos de sua mãe. Seus longos e meticulosos parágrafos impediam-me de interromper o pensamento e a minha mente tornava-se um palco por onde moviam-se personagens, quase vivos, com seus espíritos completamente à mostra.
No caminho de Swann é uma obra espetacular. Para todos que tiverem, como eu tive, a sorte de ler este livro; desejo que as palavras e a visão, idealizada e extremamente profunda, do autor sobre a natureza humana possa transmitir-lhes a beleza da poesia, a astúcia da razão e a alegria da leitura.
Abaixo, transcrevo uma parte do texto onde Proust divaga sobre os processos desencadeadores dos sentimentos da leitura; No entanto, esse texto té muito parecido com a tese fenomenologica utilizando-se do processo de intuição, tal qual, Bergson (1859-1941) utiliza.
(*) Foto de Marcel Proust(1871-1922).
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Referências:
PROUST, Marcel. No caminho de Swann. Trad. Mário Quintana. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
No caminho de Swann é uma obra espetacular. Para todos que tiverem, como eu tive, a sorte de ler este livro; desejo que as palavras e a visão, idealizada e extremamente profunda, do autor sobre a natureza humana possa transmitir-lhes a beleza da poesia, a astúcia da razão e a alegria da leitura.
Abaixo, transcrevo uma parte do texto onde Proust divaga sobre os processos desencadeadores dos sentimentos da leitura; No entanto, esse texto té muito parecido com a tese fenomenologica utilizando-se do processo de intuição, tal qual, Bergson (1859-1941) utiliza.
Quando via um objeto exterior, a consciência de que o estava vendo permanecia entre mim e ele, debruava-o de uma tênue orla espiritual que me impedia de jamais tocar diretamente a sua matéria; esta como se volatilizava antes que eu estabelecesse contato com ela, da mesma forma que um corpo incandescente, ao aproximar-se de um objeto molhado não toca a sua umidade, porque se faz sempre preceder de uma zona de evaporação. (p.54)(*) Capa do livro: "No caminho de Swann"
(*) Foto de Marcel Proust(1871-1922).
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Referências:
PROUST, Marcel. No caminho de Swann. Trad. Mário Quintana. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
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