domingo, 11 de março de 2012

Meu tema inacabado




Hoje, enquanto observava com tristeza o movimento incansável das águas poluídas de um córrego próximo onde trabalho,

Fui surpreendido pelo voo frenético de uma borboleta adornada por cores primaveris.

Não pude tirar os olhos daquele singelo ser, enquanto comparava suas cores vibrantes com a tonalidade parda das águas poluídas do pequeno córrego,

sobre o qual a jovial borboleta pairava silenciosamente ao mover alígero de suas asas;

seus rasantes, serpenteios e rodopios alegravam aquele cenário dantesco emprestando-lhe além de uma beleza um aroma suave.
Imaginei que, talvez, encerrado, naquele pequeno ser alado estivesse a alma de Beatriz, cantada por Dante, em todo seu esplendor e beleza que dissolveria o coração do mais rude dos homens...
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(*) Imagem disponível em:

3 comentários:

  1. Ola Joandre,lindo teu texto poético.Gostei muito.Abs.

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  2. Como consegue ver tudo isso em uma cena tão simples? Coisas de poeta, né, Joandre!
    Abraço!

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  3. Tudo depende do olhar e da estranha e poética sensibilidade do poeta.Parabéns! Descrevestes lindamente sobre um córrego poluído e a exuberância de uma linda borboleta.Amei teu texto!
    Para você muita luz e flores para adornar tua alma.Bjs Eloah

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