É preciso considerar as pessoas e suas histórias. Histórias
que emergem enquanto outras submergem, justapõem-se ou contrapõem-se, algumas enlaçam-se outras desenlaçam-se,
sobrepõem-se ou submetem-se em uma entropia atípica. Vistas “de cima”, parecem
estagnadas ou seguindo uma ordem. Mais parecem um tecido homogêneo de mesma
tonalidade e tessitura com tramas cingidas como que guiadas pelas mãos invisíveis
de um artesão. Olhando “de cima”, não mais definimos o João do Sebastião, nem o
Antônio do Petrônio, entretanto, sentimos a força que une tais histórias!
A força resultante de tantas histórias transforma-se em
História. As pessoas: o fulano, sicrano ou o beltrano; diluem-se em Povo. O
Povo submete sua história -- por que quer vivê-la como desejar -- ao discurso de um
Contrato. O Contrato tinge o tecido com a cor que lho dão. O tecido, agora
tingido, é Nação; não é a história do João muito menos a do Sebastião, mas é
tudo isso e todos.
(por Joandre O. Melo)
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