Sinópse - O texto - "Quem Constrói a História" - tenta apresentar uma nova visão do fato histórico. A história da humanidade é escrita por muitas mãos e “... um ponto de vista é a visão de um ponto” podemos ver o fato histórico, objeto de estudo da História, de vários ângulos, e por que não ver do ponto de vista do homem simples, daquele que trabalha, que luta, que anda, que dorme, enfim aquele que faz suas escolhas. Por que não ver do ponto de baixo?!?
Às
vezes pensamos sobre nossa origem, de onde viemos, o que nossos antepassados
fizeram, porque tudo é como é ou aconteceu como aconteceu. Até onde sabemos? Talvez
sobre nossos avós, bisavós ou tataravós tenha sido um “grande homem”. Mas,
apenas a eles são rendidas as homenagens, não que eles não mereçam, é claro que
merecem. Entretanto, talvez alguns anos à frente eu ou você ,quem está lendo,
poderemos ser considerados “grandes homens” e “grandes mulheres”. Nossos
retratos talvez poderão estar inseridos em empoeiradas molduras e dependurados
em alguma parede da cidade, até mesmo na escola onde estudamos um dia. Quem não
desejaria isto? Talvez alguns de nós seremos mártires, presidentes ou generais.
Mas, o que será daqueles (ou de nós mesmos) que teoricamente não constarão nos
registros da história? Talvez o único registro que teremos será aquela certidão
que relata “Aos .... dias do mês ... nasceu o fulano .... na cidade ... filho
de ...” Terrível, não?
Pois
eu digo que não. Todos nós fazemos a história, a nossa história; que até se
confunde com a história de nossa cidade, nosso estado, nosso país.
Os
homens, pela sua natureza obreira, suas necessidades singulares e imediatas, veem-se
obrigados a manter relações entre eles exatamente para satisfazer tais
necessidades. Travamos todos os dias
estas relações. Não é assim? Compramos o pão do padeiro, a carne do açougueiro,
a cerveja do cervejeiro, etc. E em contrapartida, todos eles se realizam em
suas funções e grande parte de seu tempo e de sua força vital é dedicado a produzir
algo. Caracterizam-se relações sociais a troca de algo pelos produtos destes
“profissionais”. Damos até um “rótulo” a eles, por exemplo: O seu Joaquim da
padaria; o seu Manoel açougueiro. Na verdade, eles que nasceram apenas Joaquim
e Manoel e têm isto registrado em suas certidões de nascimento, agora não
conseguem mais ser conhecidos como eles mesmos. Eles são o padeiro, o
açougueiro, suas profissões lhes concedem “status” e modificam até o seus
nomes...
Pois
bem, eles estão desempenhando papéis e construindo juntos a nossa história, a história
da humanidade. Os acontecimentos da nossa história relacionam-se diariamente ao
nosso “fazer”: naquela manhã ensolarada, naquela tarde chuvosa, na noite gelada
e dentro de nossas casas, na rua, nas igrejas, no trânsito. O homem está sempre
construindo a sua história.
Não
podemos desprezar os grandes acontecimentos, é claro. Aquele momento onde o presidente
ou o rei decretou algo, o famoso cientista descobriu como um vírus se comporta
ou aquele físico concluiu a complicada fórmula que a maioria de nós jamais
entenderá, mas que explica como ocorreu o parto cósmico que nos originou. No
entanto, não podemos ter – somente – esses fatos como construtores e
norteadores da nossa história. Nem devemos entendê-los exatamente como são,
mas, devemos sim entendê-los à luz do contexto onde materializam-se. Esses
acontecimentos não se dão de forma idealizada e ideologicamente montada, até
com aquela música de fundo, como em um filme. Não é assim, devemos vê-los como
acontecimentos comuns que se concretizam na realidade, frutos de uma
mentalidade, de um contexto: um tempo e um espaço. É preciso ter em mente que
nossas ações, palavras e ideias de certa forma contribuem para que estas obras
se realizem.
Assim caminha a humanidade; todos nós em nosso dia-a-dia, travando nossas
relações, construindo nossas vidas, enfim, produzindo nossa existência e
fazendo nossa história.
Mim ajudou muito na minha prova obrigada!!!bijssss!!
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