quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mais dois, no Paraíso das Letras...

Por Joandre Oliveira Melo
No último sábado, doze de setembro de 2009, em uma tarde, que apesar de inverno, trazia consigo o acolhedor calor da primavera que se anunciava, tomaram posse nas cadeiras de número um (01) o Prof. Dr. Flávio Marcus da Silva e cadeira doze (12) o professor e ator José Roberto Pereira. Tendo como patronos: Robson Correia de Almeida egrégio escritor e historiador de nossa terra e o titã da literatura Mineira Guimarães Rosa, respectivamente. Ambas, as cadeiras, ocupadas, anteriormente, pelos falecidos acadêmicos: Dirceu Mendonça e Sylvio Lage Pinto.

A natureza já pressentindo o perscrutar da primavera - que chegará dentro de alguns dias - metamorfoseava-se em cores e cheiros. Os pássaros já gorjeavam doces melodias; os sons eram como as flautas dos sátiros, encantados pelo desabrochar da natureza, em busca das ninfas do campo.

Neste cenário Dionisíaco ocorreu o evento de posse dos felizardos escritores às cadeiras da Academia de Letras de Pará de Minas.

Com um belo discurso o acadêmico Prof. Geraldo Fernandes Fonte Boa apresentou aos convidados o Prof. Fávio Marcus da Silva e a Sra. Terezinha Pereira introduziu o Prof. José Roberto Pereira.

Discursaram os novos acadêmicos. Cada um a sua maneira emocionou os ouvintes que os aplaudiram efusivamente. Durante suas palavras, nem mesmo os neo-acadêmicos escaparam da emoção que os acometia.

José Roberto Pereira quebrou o protocolo encenando um conto de seu patrono. E soube transpor com maestria, através das cenas, as palavras do seu patrono, o preclaro escritor Guimarães Rosa.

O Prof. Flávio Marcus em seu sóbrio discurso soube, como ninguém, revelar o ofício do escritor. O escritor, completa o neo-academico em uma metáfora fantástica, deve dilacerar o seu corpo até sangrar abundantemente. Esse sangue que jorra de dentro, pela dilaceração, demonstra o golpe lancinante que aflorará em belíssimos arranjos de idéias cuidadosamente postas em uma folha de papel. Lá, no papel, deixará impressa sua digital; a digital do seu espírito único, singular, inquieto... E o imortalizará.

3 comentários:

  1. Foram muito bonitos os discursos, tanto do Flávio Marcus da Silva quanto do José Roberto Pereira. Acredito que a presença deles virá a acrescentar muito à Academia.
    Um grande abraço!

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  2. Joandre,

    Realmente, Flávio e José Roberto são pedras preciosas que enriquecem nossa academia que, quem sabe um dia, virá a ser o "paraíso" das letras.
    Dependerá da união de todos e da vinda de novos tesouros. Estes existem.
    Abraços,
    Terezinha

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  3. Joandre,

    Realmente, Flávio e José Roberto são pedras preciosas que enriquecem nossa academia que, quem sabe um dia, virá a ser o "paraíso" das letras.
    Dependerá da união de todos e da vinda de novos tesouros. Estes existem.
    Abraços,
    Terezinha

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