O excerto abaixo, para mim, demonstra a genialidade da minha escritora preferida. Clarice era um universo de ideias, sensações, sentimentos. Era uma autêntica porta-voz da alma humana.
As críticas, de um modo geral, não me fazem bem. A do Álvaro Lins (...) me abateu e isso foi bom de certo modo. Escrevi para ele dizendo que não conhecia Joyce nem Virginia Woolf nem Proust quando fiz o livro, porque o diabo do homem só faltou me chamar de representante comercial deles. Não gosto quando dizem que tenho afinidades com Virginia Woolf (só li, aliás, depois de escrever o meu primeiro livro): é que não quero perdoar o fato de ela se ter suicidado. O horrível dever é ir até o fim...
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Referências
LISPECTOR, Clarice. Carta a Tania Lispector Kaufmann. In.: BORELLI, Olga. Clarice Lispector: esboço para um possível retrato. 2ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981, p. 45.
(*) foto de Clarice Lispector disponível em: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt52A413XL3FyaMQlvXd-ro7bugc56FBdD5B2ptnnRtLsbTWrliStA3pGP5_AjaUUg_GYTuxKydDd4KGemrJPDL5faS7Xpm0yilzv9GKi6hTzF3t4mV7VrYwfp1c8YusSMDVli5aIRazma/s1600/clarice-lispector.jpg, 05.04.2012 13:31.
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