Aqueles que partem:
Por Joandre Oliveira Melo
Sempre comparei o homem a um barquinho.
Nós os vemos atados fortemente ao lenho do cais.
Tempestades veem e passam; estrondosos turbilhões em torvelinhos aterradores.
Tudo que o barquinho, atado ao lenho do cais, pode fazer é mover-se freneticamente ao sabor das ondas,
Um alto e baixo insistente sem, contudo, nunca naufragar; por que permanece ali, atado ao lenho do cais.
O sol brilha convidando o pequeno barquinho a lançar-se ao mar,
Mas, o barquinho permanece ileso, atado ao lenho do cais.
Passa o tempo, passam pessoas; outros barquinhos navegam próximo, alguns naufragam.
Aliás, todos um dia naufragam...
Mas, o barquinho permanece ileso, atado ao lenho do cais.
Tudo é muito bom e tranquilo para o barquinho, enquanto, atado ao lenho do cais.
Contudo, não foi para isso que o barquinho foi criado.
Ele foi criado para singrar os mares,
Cortar ondas levadiças,
Aventurar-se pelo imenso, profundo, tempestuoso.
Aportar em belas ilhas, perdidas no imenso oceano da vida,
Admirar e alegrar-se com paisagem.
Enfim, navegar, livre, sem amarras, rumo ao por do sol.
Este é o destino do homem...
Que estas simples palavras sejam tripulação deste barquinho a navegar pelas águas da vida.
E que o barquinho continue a navegar....
ResponderExcluirAdorei!!
Abraços
A corda que prende o barco chama-se escolha e pode facilmente ser rompida basta coragem de ser HOMEM.
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